Andar de metrô em São Paulo é uma aventura diária.
São 3,7 milhões de pessoas transportadas, por dia, no metrô mais lotado do mundo!
Para conviver com toda essa gente, espremida em cada vagão, algumas regras básicas de educação se fazem necessárias. Vamos a elas:
1. Não adianta besuntar o cabelo com Henê. Se o cabelo é ruim, o tal do creme não vai fazer milagres! Aliado ao desodorante fedido, o odor pode ser fatal em qualquer coitado que tenha que se espremer à sua volta. Economiza no creme e vai fazer uma escova progressiva que é mais negócio!
2. Se você pediu passagem, passe. Não entre na frente da outra pessoa, pare, se agarre no metal de apoio e fique dando mochiladas, durante toda a viagem, na cara do coitado que foi gentil com você.
3. Não sabe diferenciar uma mulher grávida de uma gorda? Não sente. Caso contrário sua opção será : a) se fingir de morto e ter todas as pessoas de pé te olhando com cara de assassino da machadinha ou b) ceder espaço para a barriguda sentar e ainda ser xingado até a última geração pela redonda senhora, que havia começado a dieta há 3 dias.
4. Não desafie ameaças do tipo : "Se mais alguém me empurrar para entrar nesse trem, eu vou peidar!" Nem sempre são ameaças, muitas vezes são avisos.
5. É uma péssima idéia bater uma xepa dentro do metrô lotado às 6h da tarde. O cheiro do peixe frito na noite anterior não será agradável para ninguém e derrubar feijão no pé daquela pessoa esmagada na lateral do seu banco não é legal!
6. E, finalmente, nada de demonstrações e vendas de produtos dos catálogos para os passageiros. Uma vez, estava voltando para casa e uma tiazinha me abordou para vender uns perfumes da Avon! Dentro do metrô lotado! Em movimento! Ela estava com uma sacola enorme! E tirava as amostras das fragrâncias! Tacava na minha cara, no meu braço! Derrubava no adolescente que estava do lado!! Um horror!!! Ficava assim: prova esse, quem sabe esse outro. E quando não conseguiu me vender nada, ainda me xingou, reclamando que eu fiquei tomando o tempo dela!!!
Essas regras são baseadas em fatos reais e qualquer relação com a vida real não é mera coincidência.
